quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ora bolas!


- Ora esta, estava aqui ler que a Católica do Porto lançou um concurso para tornar os sem abrigo em guias turísticos, dando assim proveito ao profundo conhecimento que têm da zona por onde deambulam.
- Acho que é um ótima iniciativa, que se aplicaria a Penacova como uma luva.
- Como assim?
- Então, se o Cirilo ainda por aí andasse, essa atividade assentava-lhe na perfeição, já que não podia ver um turista para logo ir ter como ele, quem sabe para lhe dar a conhecer as maravilhas da nossa terra.
- Só que isso, por uns tempos, não vai ser possível, já que, por um lado, deixou de ser um sem abrigo, desde que o município lhe disponibilizou uma casa social e, por outro, o homem foi preso na semana passada,  para cumprir uma pena superior a 1 ano de prisão.

Só o tempo necessário...


- Gostaste do Cavaco?
- Nem por isso!
- Então?
- Não disse que demitia já o governo.
- Mas pelo menos avisou-o, sinal de que também ele está a ficar farto.
- Ele estão a ficar farto é do Portas, que de uma assentada passou a mandar no partido que o foi buscar para ter maioria parlamentar.
- Lá isso está! O Portas, com esta, vai ficar nos anais da história da política portuguesa. 
- Não duvides! Sempre depositei grandes expetativas naquele rapaz. Pode não durar muito tempo, mas pelo menos, pode gabar-se que conseguiu ser governo. Resta saber, se é com isso que ele pretende provar que é aquele político que Portugal sempre quis e precisou.
- Não estou convencido disso! O PSD nunca iria perdoar ao Presidente que lhe tirou o poder de conduzir o governo...qualquer governo.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

A jogar em casa


-Não achas que foram despropositadas e em demasia, as palmas com que D. Manuel Clemente foi recebido na Igreja dos Jerónimos?
- Acho que o foram mais, quando entraram os políticos!
- Mas o D. Manuel disse que não as pediu....
- Pois não, mas ficou bastante contente com a harmonia que entretanto se instalou no templo, com o "povo" a rejubilar de alegria.
- Isso quererá dizer o quê?
- Que está perfeitamente demonstrada a laicidade do Estado....deste Estado, compreenda-se.
- Nesse caso, temos uma coligação abençoada, à semelhança do que acontecida no Estado Novo, até porque, como bem sabemos o sr. Presidente da República, é todo virado para essas coisas do sobrenatural, alimentando assim o imaginário de uma nação que sempre atribuiu à virgem, as inevitabilidades do destino.
- Pois, parece que sim, até porque, o "povo" tolerante, quer é estar bem como Deus.
- E com o Diabo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Corredor de Fundo


- Mas há um coisa que eu ainda não percebi, muito bem meu caro Herberto.
- Diz amigo Daniel, qual é a dúvida desta vez?
- Afinal, quantas juntas de freguesia é que o partido socialista ganhou nas últimas eleições autárquicas em Penacova?
- Bem, pelas minhas contas, foram cinco. Mas porquê essa pergunta?
- É que a sensação que fica, para quem não sabe quantas foram, é que o p.s. apenas ganhou uma.
- Ai sim, então porquê?
- Então, desde que tomaram posse, o único, que eu me lembre, que até agora fez algum coisa com conteúdo e digna de ser visitada, foi o presidente da junta de Travanca do Mondego, e digo-te que de muito melhor qualidade do que aquelas que se fazem na própria sede do município, o que me leva a pensar que não existe mais nenhuma junta ganha pelo p.s. em Penacova, e que aquela serve de exemplo para todas as outras.
- Bem, nesse aspeto sou obrigado a dar-te razão. De facto, não me lembro que outro presidente de uma outra junta socialista, se tenha destacado tanto na realização de eventos que envolvam toda a sociedade, como o da junta de Travanca, talvez o espaço que lá tem se proporcione, mas não deixa de ser verdade que o tem sabido aproveitar.
- Sim, e convém não esquecer que o Parque Infantil António O. Veiga e Costa foi concebido e concretizado no mandato do p.s.d., e pelo presidente cessante António Dias inaugurado, num sinal de grande maturidade, política, social e humana, por parte do presidente que foi substituir.
- Tens toda a razão, a césar o que é de césar! Não haja a menor dúvida, que a atitude do atual presidente da junta, se pautou por um enorme sentido de respeito e solidariedade para com todos os habitantes da freguesia e muito particularmente para com o seu presidente.
- Sem dúvida que sim! Sou amigo do sr. presidente e tenho a dizer-te que a atitude que nessa altura teve e presentemente tem para com a sua freguesia, é demonstrativa da sua enorme sensibilidade. Por isso, direi até que se trata de um político com muitas possibilidades de vir a obter um pelouro no próximo executivo camarário se, obviamente, for socialista, não achas?
- Bem, tudo esse empenho, não só dele mas também da equipa que o acompanha, vai dar os seu frutos. Agora se são amargos ou não, tudo depende da verticalidade com que cada um procura desempenhar as funções que lhe foram por sufrágio confiadas. Se assim for, digo-te que o seu futuro político passará pelos paços do município, para fazer o que hoje faz, mas numa outra dimensão e para um público mais exigente ou, pelo menos, mais crítico.

domingo, 6 de novembro de 2011

Arrebanhados

- Estava aqui a ouvir o sr. presidente na TSF e lembrei-me do quanto necessário é aos nossos governantes apelarem ao nosso espírito de sacrifício para ultrapassarmos este momento de privações.
- Mas conta lá o que estavas a ouvir! Afinal é sempre bom conhecermos aquilo que o sr. presidente vai dizendo aos portugueses.
- Bom, estava recordar a vida do lendário Moiral, que conduzia os rebanhos para as terras altas e que não tinha fins-de-semana, férias, feriados, ou tão pouco pontes.
- Não foi muito feliz a escolha, penso eu.
- Como assim?
- Então, se o homem vai com os rebanhos para as terras altas, como é que ele poderia ter esses tais dias de descanso. Se os tivesse que cumprir à risca, passava o tempo no caminho. Para mim, a escolha deveria recair sobre Viriato, esse sim, um verdadeiro lusitano, que não contente com o avanço dos romanos, decidiu lutar contra o fim do deu povo.
- Eu também acho, que nesta altura nos faria mais falta um Viriato do que um Moiral, apesar de ambos serem pastores, mas creio que a maior parte dos portugueses preferem um discurso de alguém que apele à calma e ao espírito de sacrifício, do que de alguém que lhes venha com ideias revolucionárias e lhes  alimente o descontentamento.
- Pois é, pelo que se vê até parece que ninguém nos está a pedir alguma coisa que vá para além das nossas reais possibilidades. Para comer os milhões de Bruxelas, bastaram alguns, por sinal bem identificados, agora para pagar a fatura já não chegam os poucos que se consolaram a gastar o dinheiro e já temos que ser todos a desembolsar o pouco que temos para ajudar a pagar a dívida. Sabes uma coisa, só espero que da próxima vez que o sr. presidente se ponha a falar de coisas sem pés nem cabeça, lhe dê uma diarreia tal, que o obrigue a quebrar o protocolo sem poder acabar a frase.
- Ora toma, assim é que se fala!
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