quinta-feira, 20 de setembro de 2007

VALE A PENA LER

O dia de hoje esteve fraco, não houve muitos almoços, os hóspedes são em menor número do em igual mês do ano passado. A crise afecta todas as pessoas e as primeiras coisas a "cortar", são as férias e as refeições fora de casa. Além disso, o tempo também não ajuda. Não fossem os estudantes e os funcionários públicos, a coisa ficava mesmo "preta".
A menina Alice chegou das aulas e comentou que os mais pequenos transportam às costas mochilas de tal maneira carregadas, que muitos precisam de ajuda para subir as escadas que dão acesso às salas dos andares superiores da escola. Fico sem perceber muito bem porque razão é que os miúdos de hoje têm que andar tão "vergados" com o peso dos livros. Todos os dias, de casa para a escola, da escola para casa, enfim, em constante movimento com a carga às costas.
Será que a médio/longo prazo, não terão problemas de coluna por terem que carregar desde cedo, o peso da sabedoria, ou será que é mais uma orientação política que o governo adoptou para melhorar o ensino, sem ter em conta a saúde? "Doentes mas inteligentes", será o slogan mais ouvido.
Entretanto chega o João e comenta o mais comentado assunto do dia. Mourinho rescinde, amigávelmente, o contrato que mantinha com o Chelsea pela módica quantia de 25 milhões de euros, coisa pouca para um homem cuja fortuna pessoal está avaliada em 15 941 milhões de euros. Entretanto, a atalho de foice, vem à baila o castigo sofrido por Scolari.
- Quatro jogos de suspensão não é muito nem é pouco. - disse eu.
- Talvez lhe sirva de lição. - disse o João
- Creio que o homem está cá hà tanto tempo, já recebeu tanto mimo, que ficou contagiado com os hábitos do povo português.
- Se não vai a bem, vai a mal - pareceu-me ler nos seus lábios quando desferia um murro sobre o jogador sérvio Dragutinovic (dragãozinho em português). Ao agir dessa forma, agiu como só um jogador seria capaz de agir. - disse eu.
A D. Rosalinda dormita no seu sofá preferido. O livro que agora lhe prende a atenção é "o monge que vendeu o seu Ferrari" um best seller de Robin Sharma, que conta a estória de um homem muito ambicioso e obcecado pelo dinheiro, que parte em busca da paz interior e da felicidade, após ter sido vítima de um enfarte. É uma bonita fábula que nos ensina a melhorar a nossa vida e a olhá-la de forma positiva. Vale a pena ler.
Entretanto um desconhecido, sem flores, entra pela pensão adentro e, abeirando-se do balcão, pergunta se pode deixar um folheto. Perguntei-lhe sobre que assunto é que tratava e respondeu-me que era para assinalar o Dia Mundial do Alzheimer. Respondi que sim, que podia deixar e servi-lhe um cafézinho curto e sem açucar, tal como havia pedido.
Sem sequer mostrar que se tinha escaldado, bebeu-o de um golo, agradeceu e despediu-se.

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