segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O PÚBLICO DA PENSÃO

Hoje, como em qualquer segunda-feira, regressam os hóspedes do fim-de-semana. A agitação é sempre maior do que o normal, todos vêm carregados com malas e malinhas, casacos e casaquinhas e, com muito carinho, trazem alguma coisa que lhes faça lembrar a terra, principalmente a partir de quarta-feira, dia em que a saudade mais aperta. Escusado será dizer que, tanto no bar como na recepção ou até mesmo na sala de jantar ou de jogos da pensão, o número de hóspedes é muito maior. Na cozinha a Susana tem que contar em confeccionar mais refeições, a Luísa tem que dedicar mais tempo aos quartos e a Cristina, que se estreia na pensão, tem a oportunidade de mostrar aquilo que apreendeu enquanto se formou como chefe de sala.
Até ver, as coisas estão a ir muito bem. Todos os hóspedes estão satisfeitos, tanto com o serviço da pensão como com a nova aquisição. Dizem eles que a Cristina "é a cereja em cima do bolo" ou "o elemento que faltava para completar a equipa de profissionais extraordinários que trabalham na pensão".
A D. Rosalinda não resistiu a tanto elogio e, como agradecimento, fez questão de oferecer um "Pastelinho de Lorvão" aos hóspedes que se mantiveram na sala de jantar para além das 14 horas.
Entretanto, o telemóvel da pensão emite o sinal de mensagem recebida. Hoje em dia, por norma, todos os que querem contactar com a pensão, ou para reservar ou para cancelar ou para enviar facturação, fazem-no para a caixa do correio do telemóvel ou do computador. Os tempos do suporte de papel, já quase fazem parte do passado o que, só por si, muito contribui para um ambiente mais saudável, contudo, esta não era uma mensagem habitual, nem eu estava à espera de receber tão importante informação via sms (short message system) - "A Pensão Viseu já chegou aos Blogues de papel do Público. Edição de hoje. Parabéns" - O remetente era o Luís que, ao desfolhar aquele jornal, verificou que nele se fazia referência a esta unidade hoteleira. De imediato fui ter com a D. Rosalinda que, ao ler tão inesperada mensagem, tratou logo de mandar a Luísa ao quiosque comprar a edição impressa daquele diário.
É uma muito importante referência, sinal de que a pensão já é um local onde muitas pessoas encontram algo de especial a ponto de a sugerir a outras que, tal como elas, procuram algum conforto e relaxamento junto às águas calmas e silenciosas do Mondego.
A menina Luísa fez questão de, delicadamente, destacar a folha onde estava a mensagem da pensão para, segundo disse, colocar no livro de recortes da pensão ou, quem sabe, fazer um poster para colocar numa suas das inúmeras paredes. Quanto a mim, sinto-me muito lisongeado por contribuir para o sucesso deste lugar onde, acima de tudo, podemos contactar com um sem número de pessoas que fazem questão de voltar.

2 comentários:

A. João Soares disse...

Parabéns pela citação no Público.
Desloco-me Viseu uma ou duas vezes por ano. Mas não estou a ver onde fica a pensão. Se é junto ao Mondego não pode ser em Viseu.
Será em Coimbra? O nome das empresas é muitas vezes o da terra do dono.
Um abraço
Do Mirante
Do Miradouro

recepcionista disse...

A "Pensão Viseu" já não existe. O progresso, como lhe chamaram, ditou a sua destruição mas, quis o acaso, que ela renascesse em forma de blogue.
Encontrava-se instalada em Penacova, localidade onde também existe uma família chamada Viseu. Na altura acolhia os "aristas" que, ao contário do Luso, aqui procuravam ar puro para, entre outros, apaziguar os seus males repiratórios. Curiosamente foi a segunda casa/estabelecimento em Penacova, a ter televisão, isto nos idos anos de 50 do século passado.
Voltem sempre.

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