terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O RISCO DE QUEM QUER CASA (R)

- Foi uma boa notícia para quem tem crédito à habitação, não achas Luísa?
- Se acho Susana. Eu estava a ver que esta fase da subida das taxas de juros nunca mais parava a ponto de eu e o meu António temermos pela nossa própria casa.
- Mas parece que não vai ser por muito tempo, porque a situação dos mercados internacionais não é nada favorável a que as taxas se mantenham assim por muito mais tempo.
- Quer dizer que estão previstas novas subidas?
- Claro Luísa, mas também, quando as novas regras entrarem em vigor, os empréstimos para a aquisição de habitação podem ser negociados com qualquer banco da União Europeia e, dessa forma, as prestações passarão a ser mais baixas o que, como bem deves saber, isso permite-nos respirar com um pouco mais de alívio sem temer o pior cenário.
- Tomara que sim Susana porque, da maneira que as coisas estão a ficar, qualquer dia vou ter que ir viver para casa da mãe do meu António, coisa que eu nunca desejaria.
- Porquê, também não gostas de sogras?
- Não é esse o caso Susana, a questão é que, quem casa quer casa e, como eu e o meu António estamos a pensar casar para o próximo Verão, não calhava muito bem que isso acontecesse.
- Então não te preocupes que tudo se irá resolver. Além disso, sempre podes falar com a D. Rosalinda e pedir-lhe um aumento.
- Achas? A D. Rosalinda nem sequer quer falar no assunto. Diz ela que o recente aumento do ordenado mínimo nacional já é mais do que suficiente e já se esteve a chorar a dizer que as coisas estão más, que o negócio não corre. Aquelas coisas de patrão, sabes?
- Claro que sei Luísa. Pensas que eu também já não passei por isso? A D. Rosalinda tem que gerir o negócio da melhor maneira para ver se a pensão se mantém a navegar em águas calmas como até aqui.
- Outra coisa Susana. Tu não achas que se passa alguma coisa com a Cristina?
- Como assim?
- Penso que ela está a esconder alguma coisa?
- Achas?
- Então tu não achas estranho que ela tenha recusado uma ida para o estrangeiro sem motivo aparente?
- Olha Luísa, a seu tempo saberás porque razão a Cristina não foi para a Inglaterra. Depois, compreenderás porque motivo ela optou por cá ficar.
- Então sempre há alguma coisa?
- Sim, de facto há uma coisa, que não é uma coisa propriamente dita, mas sim alguém muito próximo da Cristina e de quem ela gosta muito e de quem todos nós também iremos gostar concerteza.
- Quer dizer que a revelação está para breve.
- Sim, para muito breve.
I

2 comentários:

Anónimo disse...

Boas Festas para ti e família.

Boa continuação aqui na Pensão!

A. João Soares disse...

Agradeço a visita e venho retribuir as Boas Festas, com votos de um Natal muito alegre e um reveillon com a animação própria da elevada categoria da Pensão.
Abraço

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