quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

DESESPEROS

Regresso à Pensão Viseu, em mais uma viagem a caminho de uma conferência sobre arquitectura, em Lamego.
Na sala de estar, onde converso habitualmente com o Mário e na falta dele, procuro sinais da imprensa de Penacova, enquanto "faço tempo" para descansar...
Por entre os jornais do dia, um nacional e outro de Coimbra, surge o "Nova Esperança", o jornal que afirma estar ao serviço de Penacova há 28 anos.
Ora o que este respeitável jornal nos oferece é mau de mais para valer o tempo que gastei com ele.
Péssimas fotografias, mal enquadradas, mal tratadas, literalmente más de mais e que corariam a própria vergonha. Má redacção, frouxa opinião e temos o mais "certo" jornal desta bela terra.
O jornal sobreviverá, não pela sua qualidade, que não tem, mas por ser mantido por um statos quo benzido a hossanas e hóstias consagradas (tudo coisas respeitáveis também) mas que misturadas com imprensa e supostamente informação, formam um apócrifo caldo de bizarrias.
Um desespero.
Por outro lado, o Jornal de Penacova, surge um pouco como as névoas e definha, admitiu o seu director num editorial, face à ausência de interesse dos empresários do concelho e ao corte no Porte Pago, uma medida (mais uma) daquelas que o governo espumou na sua raiva controladora, higienizadora e economicista.
Portanto, Penacova assume assim, também pela via da imprensa escrita, a sua tradição eucalíptica, isto é, seca tudo o que lhe nasce no regaço.
Sendo eu um amante desta terra, sinto esta amargura ao não ver na sala de estar desta Pensão Viseu, algo que faça parecer descabido este desabafo que aqui vos deixo.
Outro desespero.

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