domingo, 8 de junho de 2008

TABERNA ALTERNADEIRA

- Meu Deus Luís, o estado em que tu te encontras homem!!!!
- Como assim Mário?
- Então, não vês que estás completamente ébrio, a cambalear e a tropeçar constantemente em tudo o que te aparece à frente....não devias comporta-te dessa maneira.
- Olha Mário (hic), passei a tarde na Taberna a conversar (hic) e sabes como é, copo para aqui, como para ali e, claro (hic) o resultado está à vista.
-E que resultado!!! Só espero que a D. Rosalinda não te veja nesse estado porque, se assim for, é bem capaz de te expulsar da Pensão.
- Querido Mário (hic), prometo que me vou controlar ao máximo para que ninguém note que em estou alcoolicamente bem-disposto, além disso, o meu estado só comprova que o vinho era bom.
- Pois, pois, vai para lá com essa. Nem te atrevas sequer a referir que estiveste a beber vinho toda tarde, ouviste?
- Juro que nada direi.
- Juras? Quem mais jura mais mente. Mas conta-me lá onde fica essa taberna?
- Então não sabes?
- Eu não, normalmente não saio daqui e também não ando muito a par dessas novidades.
- Então, eu vou-te explicar (hic), mas primeiro tens que me dar um copito.
- Nem pensar rapaz, do que tu precisas é de um banho para ver se refrescas as ideias. Mas conta-me lá onde fica.
- Olha, se desceres por ali (hic), e cortares na primeira à direita, logo te apercebes do "palhinhas" pendurado à entrada da porta.
- Um "palhinhas", muito interessante. Então e sobre que coisas tão entusiasmantes é que vocês conversaram por lá?
- Olha, tirando a vitória da selecção sobre a Turquia, também estivemos a discutir (hic) o resultado das sondagens feita aos penacovenses (hic), sobre o destino que deve ser dado ao hotel.
- E que conclusão é que chegaram???
- Que dava uma óptima casa de alterne.
- A sério? Os penacovenses decidiram nesse sentido?
- Claro (hic), que mais poderiam ter decidido, que não fosse essa possibilidade?
- Bem, se pensarmos nas características do edifício e no local onde se encontra, não diria que esse fosse o melhor fim a dar-lhe. De qualquer maneira, para estar como está, qualquer destino que lhe seja dado será uma mais valia, pois não se admite uma unidade hoteleira daquelas permaneça ao abandono.
- Foi o que todos (hic) que lá estavam pensaram.
- E que mais é que vocês por lá falam.
- Sobre tudo Mário (hic). Política, ambiente, terrorismo, papa-reformas e sobre muitas mais coisas.
- Puxa homem, são conversas interessantes.
- Mas mesmo bom é lá estar e fazer uns comentários a condizer.
- Sabes uma coisa Luís, vou fazer uma pausa de meia hora para lá dar uma saltada.
- Então e eu?
- Tu estás bêbado e como tal, deves subir e tomar um banhinho ou então, como aconselham os mais velhos, beber um café com sal.

sábado, 7 de junho de 2008

A CENOURA

Li e gostei do que escreveu o Eduardo. Tal como ele, concordo com a ideia de que o nosso país vive na ilusão dos grandes feitos e agarrado à saudade do imenso império que criou e não soube manter.
Vejo que, por momentos, todo o povo fica siderado com a ideia de que a "nossa" selecção vai, finalmente, vencer o Europeu e que os nossos jogadores vão regressar carregados de glória a um país cuja auto-estima, há muito que se encontra pelas ruas da amargura.

Para mim, acho que o sonho vai durar pouco, não porque os rapazes não joguem bem, mas apenas porque os acho mais interessados em andar na moda, em ter lindas namoradas e em construir o futuro numa "grande" equipa europeia do que em defender as cores da nossa bandeira.

Quanto ao resto, e sabendo que o português, por norma, é um indivíduo que ganha mal, que veste mal, que se alimenta mal, que lê mal, que escreve mal e que normalmente está sempre a ser tramado pelos seus eleitos mas que, em contra-partida, fala bem ao telemóvel, tem o melhor carro da rua, a barriga mais proeminente da vizinhança, ou a mulher mais loura do bairro, que ama o seu clube, ama a Amália e não perde um peregrinação à Cova da Iria e que até tira da boca para alimentar as suas ilusões, até acabo por compreender porque é que o Estado utiliza o Fado, Fátima e o Futebol como cenoura para obter os resultados pretendidos, com o objectivo de os mostrar a um povo que adora fogo de artifício.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

AS PERNAS DA CAROLINA

- Mário, caro Mário, o teu Porto lá foi penalizado com um anito....
- Olha João, se queres saber, acho muito bem-feito. Não se admite que um presidente de um clube com tão grande carisma, seja tão ingénuo a ponto de se deixar embeiçar por uma galdéria e, mais grave ainda, de permitir que ela tivesse conhecimento de tudo aquilo que se passa nos bastidores do futebol, sim porque não me venham dizer que no futebol tudo é claro e transparente.
- Segura-te Mário, pareces o gaiteiro a falar.
- Sabes João, custa-me ver as coisas acontecerem desta maneira, principalmente quando não é necessário andar a subornar árbitros, fiscais de linha e outros tais que gostam de viajar e de receber fruta porque, com um plantel como aquele, bastava terem jogado bom futebol. Só espero que o Filipe Vieira também conheça uma Carolina que lhe enfernize a vida.
- Ainda achas que foi o Filipe?
- Claro que acho, quem mais poderia ter sido?
- Mas o Pinto da Costa tem muitos inimigos, e tu sabes bem disso.
- Pois, tens razão, mas nenhum deles é mulher e muito menos prostituta. Não viste o exemplo da ex-mulher que já está com ele outra vez e desistiu de todas as queixas que apresentou contra ele.
- Imagino a que preço!!!
- O preço não interessa, o que interessa é o resultado que, no caso concreto, até veio mesmo a calhar, pois assim é menos uma dor de cabeça para o homem
- Olha amigo Mário, só te tenho a dizer uma coisa. Quem anda à chuva molha-se.
- Pois, eu sei, mas podia ser chuva miudinha João, para não magoar tanto.

DE ESPANHA COM AMOR

- Bom dia Susana.
- Bom dia Nicolau. Olha, tenho-te a informar que a entrada para a Pensão se faz pela recepção e não pela cozinha.
- Tens razão mas, sabes, venho ao cheiro.
- Ao cheiro?
- Sim, ao cheiro da comida boa. Do café e das torradas da manhã....
- Pois mas eu não sei a D. Rosalinda está sabedora da situação.
- Olha minha cara se está ou não não sei mas, agora que cá estou dentro, também não me vou embora tão depresssa, pelo menos sem tomar o pequeno-almoço.
- Pois está bem, senta-te aí então e espera. Está a suspirar porquê homem?
- Olha porque a minha profissão de gaiteiro não tem futuro nesta terra e até mesmo neste país.
- Ah sim? E para onde é que tu achas que conseguias mais sucesso?
- Olha, em Espanha, por exemplo.
- E em Espanha porquê?
- Porque em Espanha é tudo melhor. Olha só o caso dos pescadores. Desde que foram impedidos de vender o peixe que pescam em Portugal, arrancaram para Espanha e, vê só, conseguem vender o Peixe mais caro, pagam menos taxas, são mais bem recebidos e, ainda por cima, abastecem os depósitos com combustível mais barato.
- Olha, com toda essa mordomia, ainda vais fazer alguma tourné para o país vizinho.
- Nunca se sabe Susana, nunca se sabe...
I

terça-feira, 3 de junho de 2008

PESCA EM DIRECTO

Ontem, ao ver o prós e contras na televisão da Pensão, fiquei com a agradável sensação de que todos os intervenientes no debate se esforçaram, com urbanidade, por encontrar soluções para a resolução dos problemas que afectam o sector da pesca em Portugal e, naturalmente, na Europa.
A oportunidade com que se realizou tal debate, colocou reclamantes e reclamados num frente-a-frente que teve como principal resultado o estabelecimento de compromissos e metas a alcançar, tanto por parte do governo, como dos representades do sector.
Independentemente de tal debate apenas vincular moralmente os presentes, uma coisa ficou clara. Foi bastante esclarecedor e, acima de tudo, diminuiu as crispações. Além disso trouxe para o grande ecrã um problema social, que nos afecta a todos, e que, pela sua actualidade, ajudou aqueles que o viram, a formar as suas opiniões acerca do assunto, longe do clima de violência e reivindicação que normalmente acompanha o encerramento de uma lota e que, na maior parte das vezes, se traduz na prática de actos insensatos e condenáveis.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Rio Laranja

Não tenho dúvidas absolutamente nenhumas, que o próximo candidato que o partido social democrata vai apresentar ao eleitorado português para ganhar as próximas eleições legislativas vai ser, tão só, o edil da câmara da cidade do Porto, pois só ele tem arrogância necessária e suficiente para agitar os poderes instalados e para trazer uma nova ordem ao país, só não avançando de imediato, porque ainda há muito trabalho mau para fazer até que ele se apresente como o homem ideal para acabar com a hegemonia socialista.
Escusado será dizer que o partido socialista vai ser, de novo, o eleito pelo povo português para governar o país durante mais quatro anos e, a ser assim, só depois desses passados, é que o maior partido da oposição vai conseguir cativar um eleitorado já farto de ver as mesmas caras e consciente de que está na hora de colocar em prática a alternância democrática. Portanto, não me espanta o resultado obtido pela ex-ministra das finanças nem sequer me espanta que os militantes do partido laranja não decidam, para já, lutar pelo poder porque, melhor do que ninguém, sabem não ter hipóteses para o ganhar. Assim, preferem manter em lume brando a vontade de governar, até que, por desgaste, o partido socialista comece a ficar demasiado agarrado ao poder, não por ter vontade de governar, mas apenas por ter vontade de o manter.

O prazer de escrever para o Público

I
- Olha Mário, estava aqui a dar uma navegadela na internet e vi que um artigo publicado no blogue de São Paio de Mondego também foi contemplado na edição impressa do Público do passado dia 31 de Maio.
- A sério, não me diga que foi como o nosso em 15 de Outubro de 2007 menina Alice? Estou tão feliz por em Penacova se "produzirem" textos que, pela sua qualidade, são eleitos para publicação num órgão de comunicação tão conceituado como aquele.
- Eu não me admiro tanto Mário porque, esta coisa de escrever não é propriedade só de alguns, mas sim de muitos que, só não são conhecidos e não exercitam a sua escrita porque, muitas das vezes, não têm meios para o fazer.
- Seja como for menina Alice, é sempre bom ver aquilo que escrevemos está acessível a um número considerável de pessoas, que depois se tornam assíduos leitores daquilo que se vamos continuando a escrever.
- Claro Mário, tens toda a razão e, acima de tudo, como tu disseste, tal situação não deixa de ser uma promoção da nossa terra.
- Olhe menina Alice, em nome da Pensão Viseu, para o blogue de São Paio, para os seus colaboradores e para quem que, daquela equipa, dá o melhor de si nesta causa, que é a divulgação da nossa terra através da blogosfera, dirijo as melhores felicidades e que continuem esse trabalho magnífico.
- Também acho Mário, eles merecem.
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