segunda-feira, 12 de abril de 2010

Inebriante


Finalmente o sol decidiu aparecer. Quase que parece um fim-de-semana de Verão. Estava-se mesmo bem na esplanada da Pensão, tão bem que não havia uma única mesa vaga, pois os hóspedes, mal almoçaram, foram de imediato para lá. Os que não conheciam ficaram deslumbrados com a vista sobre o vale do Mondego. Os que se tornaram hóspedes assíduos da Pensão, estavam como se estivessem em casa e cultivavam a cordialidade com os que, pela primeira vez, tiveram a oportunidade de desfrutar tal beleza, na sombra proporcionada por esta pérgola delineada por Raúl Lino.
- É bom para o negócio Matias. Vai-te habituando à confusão porque de Verão vai ser todos os dias assim.
- O meu tio Mário já tinha contado como eram os dias de Verão na Pensão. Muitos hóspedes, muitos amigos de longos anos e as noites que reservavam sempre alguma surpresa.
- E tinha razão o teu tio. É muito agradável o Verão na Pensão. Olha Matias, vai lá fora ver o que quer o hóspede da mesa 7.
- É para já D. Rosalinda. O sr. vai desejar mais alguma coisa?
- Basta-me este cheiro que me inebria. Este aroma que perfuma o ar é um bálsamo para qualquer pessoa. São fantásticas estas Glicínias.
- Estão aqui há cerca de 90 anos e ambas estão catalogadas como árvores de interesse público.
- Isso é óptimo!!! Será que também farão parte das comemorações do dia internacional dos monumentos e sítios?
- Bom, isso aí já não sei mas pela lógica penso que deviam, quanto mais não fosse uma breve referência.

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