sexta-feira, 7 de setembro de 2007

50 ANOS DE EUROPA EM PENACOVA

Ele não teria mais do que 40 anos ela, um pouco mais nova, era uma mulher bonita de formas graciosas, que deixava escapar um pequeno sorriso por entre os dentes brancos e os lábios pintados de vermelho vivo, talvez por não estar acostumada a estes pequenos lugares onde nada se passa a não ser o vento. Pediram um quarto com vista para o rio e mostrei-lhe a suite que os deixou encantados. Depois de instalados, desceram à sala onde habitualmente se janta e degustaram um óptimo "naco de chanfana" acompanhado com umas gostosas batatas cozidas. Para beber fizeram questão de provar um tinto caseiro, ali dos lados do Lourinhal, que por ainda não estar engarrafado, teve de ser servido numa jarra, daquelas com asa feia e feitas de vidro grosso. Depois do café, o homem perguntou o que poderiam fazer em Penacova durante o fim-de-semana. Falei-lhes na descida do rio em Kayak, na exposição que decorre no átrio da Câmara Municipal sobre os 50 anos do Tratado de Roma e, por fim, na festa popular que, por esta altura, acontece na ermida da Nª. Srª. do Mont'alto. Depois de pensar um pouco, pediu mais um café, desta vez acompanhado por uma aguardente envelhecida em cascas de carvalho, cuja garrafa, que tinha um boneco feito do mesmo material no seu interior, tinha visto momentos antes. Disse-lhe que era para já e, depois de os servir, deixei-os a contemplar o reflexo da lua nas doces águas do Mondego que, com parcimónia, se deslocavam para a foz.

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