sábado, 8 de setembro de 2007

DIFERENTES CONCEPÇÕES

Ao fim do dia já se vai tornando habitual a companhia do Paulo, amigo de longa data e frequentador desta pensão. Juntos saboreamos uma bebida na esplanada virada para o rio. As conversas fluem tal com as águas que vemos do sítio onde estamos sentados. Geralmente (como toda as pessoas) abordamos assuntos que mais cobertura têm pelos “media”. A preocupação de hoje centrou-se na “Festa do Avante”, a decorrer durante este fim-de-semana, e no facto de para ela terem sido convidados membros das FARC (Forças Armadas e Revolucionárias da Colômbia), um grupo armado colombiano, por todos considerado terrorista. Quando digo todos, refiro-me naturalmente a todos aqueles que repudiam, em absoluto, a violência sobre civis provocada por indivíduos que usam as armas para dialogar e que acabam sempre por escolher os mais fracos para servirem de vítimas nas suas “incursões sanguinárias”. O Paulo mostrou-se bastante indignado pelo convite ter surgido por parte de um partido político, com alguma importância no contexto democrático do nosso país, pois concorre a eleições livres e democráticas e, ainda por cima, está representado no parlamento português e europeu. Eu respondi ao Paulo que o partido comunista português tem “uma concepção diferente de terrorismo”, tal como tem da ditadura de Chavez e, provavelmente, como sempre terá do comunismo de Estaline, por isso não é de estranhar tal atitude e outras que nos fazem pensar se aquilo que eles defendem e dizem, corresponde exactamente aquilo que fazem.

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