quinta-feira, 8 de novembro de 2007

MENINO MAROTO

I
«O Irão entrou na fase da escala industrial do combustível nuclear e o caminho para o progresso da nação iraniana é irreversível», lia o Paulo sentado ao balcão do bar da pensão.
- Pois, parece que sim, parece que o presidente do Irão está mesmo obcecado com o nuclear.
- Na verdade Mário, penso que nem sequer a ameaça de sanções, por parte da comunidade internacional, fazem recuar Mahmud Ahmadinejad.
- Mas Paulo, o homem insiste em dizer que é um programa pacífico e que apenas pretende criar alternativas energéticas para o país.
- Talvez ele até tenha razão naquilo que diz Mário mas, por exemplo, o estado de Israel não pensa dessa maneira e, segundo li há dias num semanário nacional, está mesmo disposto a atacar aqueles que considera os seus inimigos mais ameaçadores.
- Eu até li, que a força aérea israelita já está a fazer treinos intensos para se preparar para um (eventual) ataque ao Irão.
- Quer então dizer que poderá estar por um fio essa ofensiva.
- Tudo indica que sim Paulo e, se isso acontecer eu nem quero, ou melhor, não consigo imaginar as consequências que trará para o mundo esse confronto e penso muitas vezes se haverá potências que se irão juntar a um lado e a outro ou se, muito simplesmente, os beligerantes não ficarão sozinhos a lutar um contra o outro.
- Bem Mário, a ter que ser, que seja assim. Que eles se entendam uns com os outros e que limitem os danos àquela zona do globo, já de si tão fragilizada.
- Pois é Paulo, mas tu bem sabes que as repercussões desse (possível) confronto, se vão estender a todo o mundo e, como é bom de ver, quem vai sofrer vão ser sempre os mesmos.
- Claro, os pobres, as crianças, os idosos e todos os que, sem nada terem a ver com isso, vão levar por tabela.
- Como sempre meu caro amigo, como sempre.

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