sábado, 5 de novembro de 2011

Pratas da Casa



- Quer dizer então, que vais expor a partir de hoje na Pensão, não é José?
- É verdade Alice, assim vai ser. A tua avó convidou-me para expor aqui na Pensão, logo que terminada a exposição no CentroCultural, e pronto aqui estou de “armas e bagagens”.
- Para o orgulho de todos José. As tuas pinturas transmitem a tua serenidade, daí ficarem tão bem expostas na Pensão.
- Obrigado Alice. Eu é que me sinto orgulhoso em poder expor num local onde também já expôs um grande nome da nossa pintura, penacovense por opção.
- Bem observado José. Lembro-me perfeitamente do dia em que o prof. Martins da Costa nos presenteou com uma das suas exposições. Gostou tanto da forma como foi acolhido e do modo como tudo decorreu, que fez questão de nos oferecer aquelas duas telas que estão ali penduradas na parede, mesmo por cima da mesa que tanto gostava de ocupar.

o vale do mondego - 1982

caminhos paralelos - 1991
 - Era um homem de poucas palavras, aparentemente difícil de aceder, mas que trocou a sua terra natal por Penacova e isso já nos pode muito bem encher de orgulho por vivermos numa terra que ele escolheu para viver o resto dos seus dias.
- Sim, sem dúvida que sim. Só pelo simples facto de ter escolhido Penacova, já demonstra bem o seu amor por esta vista sobre o Mondego. Como podes ler aqui nesta brochura, "escolheu viver na província, na casa-atelier que ali construiu. Um lugar para invejar, sobre o vale do Mondego, no meio das oliveiras e dos bandos de passarada que, nas suas viagens de ida e volta, por ali passam obrigatoriamente".  
- Se fosse vivo teria 90 anos, como não está, deixou as suas obras para o imortalizar.
- Exatamente José, tal como tu.
- Sim, talvez seja um objetivo que todos gostaríamos de alcançar, mas quanto às telas, se calhar não vou deixá-las por cá desta vez.
- Claro que não José, não era essa a intenção. Além disso, terás outras oportunidades para o fazer.



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