sábado, 1 de janeiro de 2011

O novo ano


Aos poucos começam a chegar. Não estão tão divertidos como estavam quando daqui saíram ontem à noite, mas também não trazem aquele ar carrancudo com que chegaram à pensão. Pelo menos aparentam estar mais libertos, sinal que extravasaram grande parte das suas inquietações.
Este ano não se festejou o fim-de-ano na pensão. Decidiu-se fechar durante este período, uma vez que se achou não estarem ainda reunidas todas as condições para que isso acontecesse. Instalámo-nos há relativamente pouco tempo e a clientela ainda não se apresenta regular, para além de ainda não estarmos em pleno funcionamento, sendo necessário apetrechar a sala e alguns quartos do segundo andar.
Temos que avançar aos poucos, ainda mais num ano que se adivinha difícil e tudo está ainda em suspenso, sem se saber muito bem o real impacto que as duras medidas tomadas pelos nossos governantes para este ano vão ter no bolso dos portugueses. Pelo menos aqui no jornal as perspectivas não se mostram muito animadoras, com cortes em tudo o que é benefício, afecte ou não os mais carenciados.
Para já, contento-me com o espectáculo proporcionado com as ainda frescas imagens dos vários "reveillons" que por todo lado foram acontecendo. Sem dúvida que são um espectáculo bonito de se ver, mesmo que para isso se tenham gasto uns milhares de euros que dariam para aliviar um pouco mais a dura vida de alguns mais carenciados. Mas se assim não fosse, tudo isto pareceria demasiado triste e cinzento, pelo que se perdoa o excesso, esperando que todo esse entusiasmo não se esgote numa só noite.


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